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terça-feira, 16 de setembro de 2008

Morte do Infante D.Henrique

No regresso da África, D.Afonso V, intitula-se "Dom Afonso, por graça de Deus Rei de Portugal e do Algarve, Senhor de Ceuta e de Alcácer em África", reflectindo o seu enorme sonho de conquista em Marrocos.

Ao mesmo tempo começa a partir dessa altura a observar-se em crescendo, excessos da nobreza que só foram possíveis devido às omissões do poder central e aos abusos cometidos por parte da fidalguia que provocaram enormes conflitos entre os povos e os procuradores dos concelhos.

Deve também dizer-se que as consequências de Alfarrobeira, havia acentuado esta tendência, para a compensação aos adeptos da causa de sua mãe, não deixando contudo de vir mais tarde a perdoar aos seguidores de D.Pedro.

Irreflectidamente pródigo D.Afonso V, contrariava o espírito da revolução burguesa de 1383, ao aclamar rei seu avô, o Mestre de Avis, que foi marcada pela participação de linhagens de segunda ordem ao lado do Mestre de Avis

As preferência pessoais em relação à família Bragança, incluía outra linhagem, os Vasconcelos. Esta família,na pessoa de D. Afonso de Cascais, foi perseguida pelo regente D. Pedro devido à sua fidelidade à rainha D. Leonor, mãe do rei, durante o breve período em que esta ocupou o poder. Após este apoio, os Vasconcelos em sua maioria, foram obrigados a viver exilados.

A partir de 1450, a sua posição de destaque, com Afonso Vasconcelos de Cascais, futuro Conde de Penela, uma das mais importantes fortunas nobiliárquicas da segunda metade do século XV.

O fortalecimento das casas senhoriais em detrimento do poder da coroa, foi um dos aspectos mais marcantes deste reinado.

Para contribuir para a alteração da composição nobiliárquica, o ano de 1460 iria conhecer uma série de acontecimentos funestos, que iriam abalar a corte portuguesa. Ás mortes do marquês de Valença e do conde de Ourém, juntar-se-ia a do Infante D.Henrique em Sagres no dia 13 de Novembro e poucos dias depois o velho duque de Bragança, cabecilha na oposição ao regente D.Pedro, seu meio-irmão. Se por um lado, D.Afonso V, perdeu a cerceadora influência política política, também perderia os seus conselhos.

Eram estes dois últimos personagens os homens mais ricos e influentes em Portugal, nesta época. Quanto a D.Henrique passou o seu filho adoptivo D.Fernando (pai do futuro rei D.Manuel) a deter o maior senhorio de Portugal.

Mesmo sem levar em linha de conta que da sua havia abdicado pouco antes da sua morte das ilhas cabo verdianas de S.Luís, S.Dinis, S.Jorge, S.Tomás e Santa Joana ao rei D.Afonso e as de Santa Maria e de S.Miguel nos Açores à Ordem de Cristo.