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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Acontecimentos no ano de 1478


  • Cortes de Lisboa
Votado pedido de 60 milhões de reais para a defesa do reino. 


Nestas cortes foi entregue a D.João a condução da guerra com Castela, concedendo-lhe poderes para nomear e exonerar capitães e executar medidas necessárias para a condução dessa guerra com Castela.




  • Tratado de Alcáçovas
Tratado de Alcáçovas localidade perto de  Évora que foi assinado a 4 de Setembro e reestabeleceu a paz entre D. Afonso V e os Reis Católicos, sobre títulos e demarcações territoriais e que viriam a ser confirmadas por Isabel e Fernando, os Reis católicos em Toledo a 6 de Março de 1480.. Esta tratado viria a por fim à guerra com Castela.

  • Doações ao príncipe D.João 
Invocando os notáveis serviços que D,João prestara à coroa, o rei fez-lhe a doação em  3 de Junho da vila de Penamacor, com o seu castelo jurisdição e todas as rendas  que a coroa possuía.

Em 19 Agosto volta a doar ao príncipe as fortalezas de Portalegre e Alegrete de novo com as jurisdição e rendas.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Regresso ao reino de D.Afonso V

No dia 14 de Novembro chega a Cascais o navio que trasportara D.Afonso V e oas seus acompanhantes desde Southampton, sendo no desembarque recebido por seu filho D,João que renuncia ao título real que por mandado se seu pai havia assumido na sua ausência, nas cortes de Santarém a 8 de Setembro

Para alguns não era vontade do Africano, retomar a coroa de Portugal, dizendo que lhe bastava a de Castela, pela qual se batia, pretendendo deixar o trono de Portugal, desde logo ao seu filho e herdeiro. Contudo acabaria por retomar a coroa de Portugal

terça-feira, 3 de julho de 2012

Acontecimentos no ano de 1477-1ºparte

  • Cortes de Montemor-o-Novo
Naquela localidade o príncipe regente D.João reúne cortes, entre Janeiro e Março, devido as grandes dificuldades financeiras que o país atravessava. devido as elevadíssimas despesas com a guerra, as excessivas tenças concedidas e naturalmente o elevado custo da digressão do rei por terras de França.

a 28 de Abril no Mosteiro do Espinheiro, perto de Évora, D.João reúne o conselho real, para continuar a debater a enorme crise, da qual saí a decisão de enviar ao rei propostas para se fazerem pazes com Castela, bem como outras medidas para acabar com o despesismo
  • Início do regresso a Portugal
Depois do encontro com Carlos o temerário Afonso V inicia no principio de 1477, o seu regresso a Paris para novo reencontro com Luis XI, sendo surpreendido no caminho pela notícia da morte de Carlos, no reencontro com os exércitos de Luís XI, que abalou profundamente o nosso rei.

Manteve-se em Paris esperando quer o regresso de Luís quer da embaixada que enviara ao papa Sísto IV, de quem esperava apoio as suas pretensões ao trono de Castela. As notícias não foram as melhores visto que ao papado interessava muito mais , apoiar os reis católicos, que as do rei de Portugal, que passava pela dispensa canónica para o seu casamento com D.Joana fundamental nas aspirações do rei, o que não foi concedido

A recusa que se seguiu de Luís XI em apoia-lo foi a última esperança colocando D.Afonso sob grande depressão ao mesmo tempo que se desloca e à sua comitiva para Ruão. preparando o retorno a Portugal

terça-feira, 5 de junho de 2012

Acontecimentos no ano de 1476

  • Encontro em Tours com Luís XI
Depois da batalha de Toro acreditando nos sinais de apoio vindos de França da corte de Luís XI, D.Afonso decide procurar pessoalmente o rei francês. Parte de Lisboa a 27 de Agosto de 1476, ficando o príncipe D.João à frente do reino.

Os embaixadores portugueses Pêro Sousa e Álvaro Lopes já tinham partido para França na primavera deste ano com indicações de passarem antes pela Bretanha, que procuravam aliciar para uma futura aliança envolvendo igualmente a Inglaterra e a França. Atendendo à resposta positiva deste primeiro contacto, o rei D.Afonso nesta viagem a França passa igualmente pela Bretanha, confirmando aquela proposta.

O rei português é recebido em Tours a 15 de Novembro pelo rei Luís XI, ao fim duma longa reunião, cujo conteúdo não se conhecem certezas, fica a ideia que atendendo à complexidade das relações internacionais nessa época o apoio de Luís XI à pretensão de Afonso V à coroa de Castela ficaria condicionada à possibilidade do rei de Portugal servir de medianeiro junto de Carlos o Temerário o poderoso duque de Borgonha levando-o a aceitar as tréguas que o rei francês lhe propunha.

  • Encontro com Carlos de Borgonha

Depois de ter sido recebido solenemente em Paris a 22 de Novembro, já nas vésperas de Natal o rei dirige-se para a Lorena, para se encontrar com o duque Carlos, com quem se encontra a 29 de Dezembro.

Na realidade a importância de Carlos o Temerário, desde o fim da guerra dos 100 no ano anterior era já mínima pois deixara-o muito isolado o que pode levar à conclusão que Luís XI exagerara a sua importância junto de Afonso V,como forma de iludir o seu pedido de apoio ao trono de Castela.

A derrota de Carlos o Temerário a 5 Janeiro do ano seguinte foi o início da sua decadência sendo a Borgonha integrada no reino francês depois disso , retirando-se o duque para contemplação religiosa no seu castelo

quinta-feira, 5 de abril de 2012

A batalha do Toro

A batalha de Toro deu-se em 1 de Março de 1476 entre tropas portuguesas e castelhanas.

O soberano português fora a campo defender os direitos de sua sobrinha, Joana, a Beltraneja.

Na batalha distinguiram-se o príncipe D. João, que viria a reinar como João II de Portugal, Gonçalo Pires e Duarte de Almeida, o alferes-mor do rei, a quem estava confiada bandeira portuguesa.

A luta feriu-se entre as tropas castelhanas, reforçadas por quatro grandes divisões, e as tropas portuguesas, reforçadas pelas do arcebispo de Toledo, do conde de Monsanto, do duque de Guimarães e do conde de Vila Real.

Em desvantagem numérica, as tropas portuguesas mergulharam em desordem, abandonando o pavilhão real. Na luta que se seguiu pela sua posse, Duarte de Almeida, num esforço denodado, cercado pelo inimigo, ergueu uma vez mais o pavilhão, defendendo-o com heróica bravura. Uma cutilada cortou-lhe a mão direita; indiferente à dor, o alferes-mor empunhou com a esquerda o estandarte; decepam-lhe essa mão também; desesperado, toma o estandarte nos dentes, e resiste até cair moribundo.

Os castelhanos apoderaram-se então da bandeira, mas Gonçalo Pires, conseguiu recuperá-la. Este acto de heroicidade foi admirado até pelos próprios inimigos.

A última fase da batalha - normalmente omitida pela historiografia espanhola - registou-se quando as forças de D. João se reorganizaram e voltaram a investir sobre as forças de Fernando de Aragão.

O contra-ataque português desbaratou as forças castelhanas, assenhoreando-se do campo de batalha. Enquanto isso, os castelhanos recuaram para a protecção das muralhas de Zamora.

Conforme era normal pelas regras da guerra à época, permaneceu no campo de batalha desde o dia 2 até ao dia 5 de Março, como sinal inequívoco da vitória.

Na realidade, o resultado da batalha foi inconclusivo.

Do ponto de vista estratégico, a batalha de Toro marcou o momento em que se tornou claro que Portugal não tinha forças e nem apoios suficientes para garantir os direitos da princesa Joana à coroa de Castela, assegurando a união das duas coroas sob a égide de um monarca português.

D.Afonso V permanecera porém em Toro, palejando em acções dispersas mas acabou desenganado pelo êxito do seu projecto de união ibérica, restando-lhe a possibilidade diplomática atendendo ao facto de pensar no apoio incondicional de Luis XI de França

Duarte de Almeida sobreviveu, sendo conduzido semimorto para o acampamento castelhano, onde recebeu os primeiros curativos, sendo depois enviado para um hospital de Castela.

Ao fim de muitos meses retornou à pátria, indo viver no Castelo de Vilharigues, que herdara de seu pai. Era casado com D. Maria de Azevedo, filha do senhor da Lousã, Rodrigo Afonso Valente, e de sua esposa, D. Leonor de Azevedo.

Afirma-se que Duarte de Almeida faleceu na miséria e quase esquecido, apesar da valentia e bravura com que se houve na batalha de Toro, e que lhe custou ficar inutilizado pela falta de ambas as mãos. Camilo Castelo Branco, porém, nas Noites de insónia, afirma que o Decepado não acabara tão pobre como se dizia, porque além do Castelo de Vilharigues, seu pai possuía outro na Quinta da Cavalaria, e enquanto esteve na guerra, a sua esposa havia herdado boa fortuna duma sua tia, D. Inês Gomes de Avelar.

D. Afonso V, um ano antes da batalha, estando em Samora, lhe fizera mercê, pelos seus grandes serviços, para ele e seus filhos, de um reguengo no concelho de Lafões.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Acontecimentos no ano de 1475

  • Casamento com D.Joana
O conflito teve origem, nos seguintes factos. Uma das irmãs de D.Afonso V, Joana tinha casado com Henrique IV de Trastâmara de quem tivera uma filha chamada igualmente Joana, porém o pai de Henrique o rei João II de Castela morto em 1454, casara em segundas núpcias com Isabel, irmã da rainha Beatriz de quem tivera 2 filhos, Afonso e Isabel (a futura rainha católica).

A pseudo impotência de Henrique II, veio a gerar um conflito pela sucessão, quando da sua morte em 12 de Dezembro de 1474, formando-se dois partidos , um em torno da jovem Joana, outro em torno de Isabel.

Esta, dois dias depois da morte do pai, proclama-se rainha de Castela o que veio a provocar uma reacção imediata do nosso Rei, em defesa dos direitos da sobrinha, com quem se casa e Plasência no dia 30 de Maio de 1475, tendo a noiva apenas 12 anos.

  • D.Afonso assume a coroa de Castela

Na sequência do seu casamento com a sobrinha, D.Afonso V, toma a 27 de Maio o título de rei de Portugal e de Castela, que manda inscrever nos seus documentos, selos e moedas, garantindo contudo a seu filho D.João e ao seu neto Afonso a continuidade da sucessão ao trono de Portugal.

Não fica portanto claro que com esta situação, se possa falar em união ibérica, dado ser pressuposto que D.Afonso V abdicaria do trono em favor do príncipe herdeiro, quando assumisse o trono de Castela.

Atendendo também ao facto de alguma nobreza castelhana o apoiar bem como o próprio rei de França Luís XI, D.Afonso decide levantar exército que reuniu em Arronches , entrando no país vizinho para impor pela armas os direitos da sobrinha-mulher.

Ao mesmo tempo contava com o apoio de Luís XI, para apoio militar e igualmente diplomático, pelo menos junto da Santa Sé, no sentido de conseguir a dispensa de laços de parentesco necessário em relação ao seu recente casamento.

  • Morte de D.Joana, viúva de Henrique IV
No dia 13 de Junho morre D.Joana irmã e agora sogra de D.Afonso V e viúva de Henrique IV de Castela, afinal a responsável devido ao seu comportamento dúbio o repúdio de seu marido e a criação do conflito entre Portugal e o seu rei e os apaniguados dos Reis Católicos Isabel e Fernando.

Como disse D.Joana mãe, em consequência do referido repúdio voltara para Portugal, recolhera-se ao Convento de São Francisco, onde viria a falecer apenas com 36 anos havendo fortes suspeitas de ter sido envenenada.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Acontecimentos no ano de 1472

  • Regresso a Portugal das ossadas de D,Fernando
O Infante D.Fernando que fora preso na sequência duma tentativa falhada, em 1437, de tomada de Tânger aos muçulmanos e que arrastara a exigência para o seu resgate da entrega por parte de Portugal da praça de Ceuta, que nunca foi concedida.

D.Fernando morreu 6 anos mais tarde em Fez, para onde fora transferido. A 17 de Junho, as sua ossadas chegaram finalmente a Lisboa e depois levadas para o mosteiro da Batalha onde foram colocadas no panteão de Avis.

A chegada dessa ossadas vieram na sequência da expedição a Arzila, pois os portugueses tinham aprisionado a família de Muley Xeque e em vez de receber ouro como resgate o rei de Portugal exigiu os restos mortais de D.Fernando

  • Encontro dos Reis de Portugal com Henrique IV de Castela
As expedições em África prendiam a atenção à coroa portuguesa de tal modo que só depois do triunfo em Arzila foi possível concretizar um encontro entre D.Afonso VI e Henrique IV de Castela, que se realizou entre Elvas e Badajoz, para acordarem pormenores duma proposta que vinham sendo apresentada por Castela propondo o casamento de D.Joana na altura com 11 ano com o nosso rei. Mau grado o apertado grau familiar existente entre ambos, pois a princesa Joana conhecida como a Beltraneja, era recorde-se sobrinha de D.Afonso V, já que que sua mãe igualmente Joana, era irmã do nosso Rei.

O rei de Portugal adiou a resposta a essa proposta

  • Fernando PÓ descobre a ilhas a que foi dada o seu nome

A ilha Bioko é a principal ilha da Guine Equatorial, situada no golfo da Guiné e perto de S.Tomé e Príncipe, outrora conhecida como ilha Fernando Pó, devido ao facto do seu descobridor em 1472 ser um navegador português com esse nome.

A ilha deixou de ser território português em 1778, quando na sequência do tratado do Pardo, serem entregues à Espanha por troca com o que é hoje o Estado do Rio Grande do Sul no Brasil.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Acontecimentos no ano de 1451

  • Doação pelo infante D.Henrique a Gonçalves Zarco da parte ocidental da ilha da Madeira

Eu, o Infante Dom Henrique, (...) faço saber a quantos esta minha carta virem e o conhecimento dela pertencer que eu dou cargo a João Gonçalves Zarco, cavaleiro da minha casa, da minha ilha da Madeira da terra desde o Caniço dez passos se vai pelo ribeiro acima e daí atravessa a serra até a ponta de Tristão, que ele dito João Gonçalves a mantenha por mim com justiça e direito e morrendo ele por mim praz que seu filho primeiro ou segundo, se tal for, tenha cargo pela guisa acima dita assim (...) de descendentes por linha direita e sendo em tal idade o dito seu filho que a não possa reger Eu e os meus herdeiros poremos aí quem a reja e até que ele seja em idade para a reger.

Item me apraz que ele tenha em esta ilha a jurisdição por mim. E em meu nome do cível e crime ressalvando morte ou talhamento de membro que isto venha perante mim, porém sem embargo da dita jurisdição a mim apraz que todos meus mandados e correição sejam aí cumpridos assim como em cousa própria minha. Outrossim me apraz que o dito João Gonçalves haja para si todos os moinhos de pão que houver na dita ilha.

Outrossim me apraz que tudo o que Eu houver de renda na dita ilha que ele haja, de dez, um, e o que Eu hei-de haver na dita ilha e é contado no foral que para isto mandei fazer por esta guisa me apraz que haja esta renda seu filho ou outro descendente por linha direita que o dito cargo tiver.

Item me apraz que ele possa dar suas cartas a terra desta parte fora do foral a quem lhe aprouver, com tal condição que aquele a quem derem a dita terra a aproveite até cinco anos e não a aproveitando que a possa dar a outrem e depois que aproveitada for e a deixar por aproveitar até outros cinco anos que isso mesmo a possa dar. (...)

E por esta presente encomendo e rogo a todos os meus herdeiros e sucessores, que depois de mim vierem, hajam por firme esta minha carta e a cumpram e façam cumprir e guardar em tudo e por assim e pela guisa que nela é contido, porque Eu fiz esta mercê do dito João Gonçalves por ele ser o primeiro que, por meu mandado a dita ilha povoou e por outros muitos serviços que me fez.

Carta de doação da capitania da ilha da Madeira (parte ocidental)"

  • Nascimento de D.João primogénito

O Infante João, Príncipe de Portugal nasceu a 29 de Janeiro foi o primeiro filho do rei D. Afonso V e da sua primeira mulher, a rainha D. Isabel.

Foi jurado príncipe herdeiro da Coroa de Portugal mas faleceu pouco depois da nascença, pelo que o título de Príncipe de Portugal passou novamente para o Infante Fernando Duque de Viseu, seu tio.