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sábado, 15 de setembro de 2007

A regência de D.Leonor de Aragão


A morte de seu pai aos 6 anos e 7 meses e cujo funeral de Tomar para a Batalha, não acompanhou, fez com que D.Afonso V, nesse mesmo dia de Setembro tivesse sido jurado e aclamado como o 12º rei de Portugal, ao mesmo tempo que seu irmão D.Fernando, uma ano mais novo e que haveria de ser adoptado pelo seu tio o Infante D.Henrique, seria juramentado como Príncipe e herdeiro de coroa.

Em tempo de peste, que havia morto o pai de ambos, justificavam-se os cuidados.

Claro que foi necessário assegurar a regência do Reino em nome de D.Afonso V atendendo à sua menoridade, seguindo-se o que D.Duarte havia meticulosamente decidido em testamento, segundo rezam cronistas da época, já que o referido documento, por força dos acontecimentos que iriam seguir-se desapareceu dos arquivos.


Os cronistas referem pois a Rainha D.Leonor , sozinha, como
governador dos seus reynos e curador de seus filhos.

Vontade expressa no seu último testamento, aberto por D.Leonor em Tomar, ainda segundo referem as crónicas. Contudo ainda segundo as mesmas fontes, o rei teria manifestado a sua intenção por palavras, de em caso de sua morte deixar como curadores do herdeiro da coroa, os seus irmão D.Pedro e D.Henrique.

D.Leonor de Aragão a Treiste Rainha, como passou sempre a subscrever-se até à sua morte, segundo se depreende de vários testemunhos, era um mulher enérgica e decidida, qualidade que D.Duarte admirava e deixou expresso no seu livro o Leal Conselheiro.

Uma das primeira iniciativas da regência, foi a proposta do casamento do jovem Rei com infanta D.Isabel de Lencastre, fila do duque de Coimbra o seu cunhado D.Pedro, segundo dizia cumprindo a vontade "por palavras" de D.Duarte.

Aparentemente a proposta iria ser debatida, pese a pouca idade do Rei, nas Cortes que se iriam realizar em Torres Novas


terça-feira, 11 de setembro de 2007

Nascimento e infância

Nasceu no Paço de Sintra a 15 de Janeiro de 1432, filho de D.Duarte o Eloquente e de D. Leonor de Aragão da casa dos Transtâmaras na coroa da Catalunha e de Aragão, filha de Fernando I.

Foi o terceiro na ordem de nascimento dos seus 7 irmãos

Do rigor cultural de seu pai, podem recolher-se pormenores dos seus escritos em forma de diário de extremo rigor pelo que não é difícil saber o dia a hora exacta e o local do nascimento de cada um dos seus 8 filhos, provavelmente pelo facto de ter em grande linha de conta o conhecimento astrológico.

Há pouca informação sobre a infância de D.Afonso, rei de Portugal por morte de seu pai aos 6 anos e 7 meses, durante a regência de seu tio D.Pedro.

Foi jurado herdeiro do trono com 1 ano em 1433, após a morte do seu irmão primogénito que igualmente se chamava João, como seu avô.

Nesse mesmo ano em Novembro D.Duarte nomeia os seu irmãos D.Pedro e D.Henrique como curadores do herdeiro do trono.

As notícias do desastre de Tanger em 1438 no qual foi aprisionado o irmão de seu pai D.Fernando deixaram D.Duarte profundamente abatido.

Alguns dias antes da sua morte estando em viagem pelo Alentejo, acaba a família real por ir para Tomar, onde após 13 dias de febres, D.Duarte acaba por falecer na noite de 9 para 10 de Setembro de 1438.


Na altura as causa da morte de D.Duarte dividiram-se para uns o abatimento e a melancolia pelo desastre de Tanger, para outros de forma mais plausível, vitimado pela peste bubónica.

Foi a sepultar D.Duarte no Mosteiro da Batalha e no dia seguinte D.Afonso "foy alevantado por Rey em ydade de sex anos e meio"