*-Os preparativos para a conquista de Alcácer Ceguer
O abandono da ideia de enviar cerca de 12000 homens ao Oriente para ressarcir o mundo cristão da perda de Constantinopla, por um lado face ao desinteresse manifestado por outras coroas europeia, teve algumas repercussões na corte portuguesa.
A discussão nos conselheiros do rei foi intensa, entre os defensores da continuação da tese da cruzada a Constantinopla, como o influente conde de Ourém já então marquês de Valença, e outros nobres como o infante D.Henrique que defendiam a tese da transferencia de recursos para o norte de África, centralizado primordialmente na defesa de Ceuta, constantemente atacada.
Decidiu-se então enviar ao Norte de África um exército de vinte e cinco mil homens, com o objectivo militar da conquista de Alcácer-Ceguer, no estreito de Gibraltar.
Desta vez, para que não acontecesse o mesmo que anos antes quando da conquista de Ceuta, guardou-se segredo deste intento, para apanhar os muçulmanos desprevenidos.
Constituiu-se a armada em três pontos diferentes do País, no Porto, em Lisboa e em Lagos, cada um dos pontos sob a direcção de 3 responsáveis, sendo D.Afonso V pessoalmente responsável pela constituição da armada de Lisboa. Porém e devido a uma peste ocorrida em Lisboa (habitual atendendo às péssimas condições de higiene, acabou por ser transferida para Setúbal.
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