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sábado, 3 de maio de 2008

Acontecimentos no ano de 1455

Através da Bula Romanus Pontifex,o papa Nicolau V em 8 de Janeiro de 1455, concede ao rei de Portugal, seus sucessores e ao infante D.Henrique, as terras descobertas ou a descobrir pelos Portugueses.

Que vai desde o cabo Bojador e do cabo Não, correndo por toda a Guiné, passando além dela e vai para a plaga meridional, declaramos pelo teor da presente que também tocou e pertenceu ao mesmo rei D.Afonso e a seus sucessores e ao infante, com exclusão de quaisquer outros e que perpetuamente lhe tocam e cabem por direito.

Este é o texto parcial da bula referida , que inicia o verdadeiro interesse papal pelas viagens além do Cabo Bojador, concedendo para além da própria expansão em si e do estímulo pela descoberta, os direitos de conquista e submissão de povos à servidão, tal como mais tarde Alexandre VI fará em 1493 com a bula Inter Coetera ,idêntica concessão à Espanha

Todavia, o rei português tem que garantir o governo espiritual das novas terras. Tem que enviar missionários e aí fundar igrejas, onde se possam ministrar os sacramentos.

Devem também ser aí criados mosteiros e outros locais de culto e oração. A bula vai mais longe ao dizer que o comércio nestes territórios ultramarinos é de exclusiva pertença dos portugueses e que quem neles exercer comércio sem licença, poderá vir a ser excomungado.


  • Março-Cortes de Lisboa
Nestas cortes em Lisboa, foi a última vez que se fez menção explícita à falta de população, a partir daí multiplicam-se os indícios de recuperação demográfica.
Foram també concedidos os pedidos com destino ao casamento de D.Joana irmã de D.Afonso V com Henrique IV de Castela.
Em Junho deste ano voltaram a reunir-se as cortes em Lisboa, com o fim de ser jurado o princípe herdeiro o futuro D.João II
  • Maio, 03-Nascimento em Lisboa do infante D.João, que viria a ser o rei D.João II.
Nasceu em Lisboa no Paço das Alcáçovas no Castelo de São Jorge no dia 3 de Maio de 1455. Era filho do rei D.Afonso V de Portugal e de sua prima Isabel de Urgel, princesa de Portugal e filha de D.Pedro e de D. Isabel, duques de Coimbra.

Pelo lado paterno é neto de D.Duarte e da princesa Leonor de Aragão.

As avós são ambas aragonesas e os avós e os pais portugueses É um rei ibérico também nos seus antepassados mais próximos, já que apenas a sua bisavó D.Filipa de Lencastre o não era.
  • Julho,20-Carta régia de ilibação de todos os que se colocaram ao lado do infante D.Pedro em Alfarrobeira.
  • Dezembro,02-Falecimento de D. Isabel de Aviz, rainha consorte de D. Afonso V .
Rainha de Portugal, filha do Infante-Regente D. Pedro, Duque de Coimbra e de sua mulher a princesa D. Isabel de Aragão, Condessa de Urgel, filha do rei Jaime II de Aragão. Casou em 6 de Maio de 1447 com o seu primo direito D. Afonso V.

Foi mãe de D. João II e de Santa Joana Princesa, ou princesa Santa Joana de Portugal.

Sua irmã mais nova e solteira, D. Filipa de Lancastre, infanta de Portugal, que vivia recolhida, embora sem professar, no Mosteiro de Odivelas, serviu então de mãe aos filhos da Rainha.

Antes de morrer, a rainha D. Isabel de Aviz vai obter do rei e marido o arrependimento pelo tratamento dado ao Infante das Sete Partidas, cuja desgraça causara espanto, escândalo e consternação na Europa de 1449; a reabilitação da memória de D. Pedro ficou manifesta nas grandes cerimónias, ordenadas por D. Afonso V, de trasladação processional do corpo do Infante assassinado da humilde igrejinha de Alverca, onde por caridade o haviam sepultado em segredo, sob os degraus de pedra da entrada, alguns pescadores do rio Tejo, para Sta. Maria da Vitória da Batalha, junto de seus pais e irmãos.






2 comentários:

Loren Martins disse...

Excelente Blog!

Unknown disse...

Muito interessante este seu blog! O que o torna ainda mais valioso, são as pequenas "pérolas" informativas, como por ex. o facto de D. Pedro depois da Bat. de Alfarrobeira onde perdeu a vida, ter sido "sepultado em segredo" na "humilde igrejinha de Alverca" onde foi colocado "sob os degraus de pedra da entrada, por alguns pescadores do rio Tejo".
Alguém me pode dizer se esta tal igrejinha ainda existe? Em caso afirmativo, onde fica? Obrigado. J.C. josecamposcomet@netcabo.pt