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domingo, 25 de janeiro de 2009

Cortes na Guarda

Para além da eventual questão sentimental, que poderia levar D.Afonso V a não aceitar a proposta de Henrique IV, para o casamento com a sua irmã, mas a perspectiva era boa demais para ser recusada.

Por essa altura nos nossos reinos vizinhos, era a grande a confusão, resultante da sucessão às coroas de Navarra e Aragão e ás atitudes dissolutas dos reis de Castela. A nomeação de D.Beltran como duque de Albuquerque, foi mais um episódio , que motivou uma revolta iniciada em Ávila, que alastrou às cidades de Burgos, Toledo, Córdova e Sevilha.

D;Joana a rainha de Castela, irmã de D.Afonso VI, assustada refugiou-se em Portugal, em busca de auxílio de seu irmão, que a foi buscar à cidade da Guarda.

D.Afonso quis logo entrar no conflito, para sair em defesa da honra de sua irmão, era assim a característica do seu feito, impetuoso e cavalheiresco e não fora a proibição das Cortes reunidas, então por certo teria acontecido uma guerra com Castela.

Mais um volte face a política de Castela, porque Henrique IV, acaba por se reconciliar com os que contestavam a sua legitimidade como rei e acaba por negociar com um dos conspiradores Pedro de Giron, mestre de Calatrava de novo a mão de sua irmã Isabel, que já se percebia nesta altura ser a moeda de troca favorita, do rei de Castela, anulando assim o compromisso assinado com o rei de Portugal.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

As hipóteses vantajosas de aliança com Castela(

Recuando um pouco no tempo, em 1455 a irmã de D.Afonso V casou com Henrique IV de Castela. Casamento em segundas núpcias, já que a sua primeira mulher Branca de Navarra, filha do rei João, tinha sido por ele repudiada, com o fundamento que ela era estéril. A repudiada respondeu com a acusação que incapacidade genésica.

As opiniões dividiam-se, uns alegando, que o rei Henrique tivera vários casos de mancebia, como por exemplo com Catalina de Sandoval, uma freira, mas que ele viria a acusar de infidelidade ao ponto de ter mandado degolar rival.


Para outros historiadores, essa atitude não passava de disfarce, para encobrir a sua incapacidade, ser dissoluto e de ter relações homossexuais.


O ambiente na corte, mesmo depois do casamento com D.Joana, era de verdadeiro pandemónio, a que não eram alheias o escandaloso porte tanto da bela jovem soberana como das suas açafatas.

As acusações de impotência do rei e a vida dissoluta da rainha, não deixaram de criar só por si alguma
confusão na corte, quando a rainha Joana, deu à luz uma menina, ao fim de sete anos de casada.

Na altura atribuí-se a paternidade da criança, a um jovem fidalgo muito íntimo do casal real, de seu nome D.Beltran de la Cueva. desde logo a jovem menina a quem foi dado o nome de Joana, como sua mãe, passou a ser tratada entre dentes, como a Beltraneja, que lhe ficou para o resto da vida, para mais porque à medida que ia crescendo, mais se acentuavam as semelhanças com D.Beltran, nomeado conde de Landesma, mais tarde duque de Albuquerque e mestre de Santiago.


O rei Henrique, desta vez não optou por mandar cortar a cabeça do rival como no caso com Catalina de Sandoval, mas bem pelo contrário, cobri-lo de honrarias.

Toda esta situação, veio a culminar, num conflito armado entre os outros reinos da Península, que não cabe no âmbito deste blogue abordar, pelo menos por agora.
O certo porém é que esse conflito, veio justificar a necessidade de Henrique de Castela, procurar aliados.

Por forma a interessar D.Afonso V, na sua causa, oferece-lhe a mão de sua irmã Isabel, futuramente conhecida como a Católica, num encontro que viria a acontecer em Gibraltar, em Janeiro de 1464.


Informações da época, não faziam crer, que D.Afonso V,pensasse em voltar a casar, depois de enviuvar ele amava profundamente a sua mulher, mas as razões de estado que poderia supor vantajosa, uma aliança entre as coroas de Portugal e Castela, levaram-no a considerar possível esse casamento, tanto mais que Castela alargara a oferta e para além da mão de sua irmã ao rei de Portugal, também incluía o convite para o futuro casamento entre o herdeiro português D.João e sua pequena "filha" a Beltraneja, já nessa altura reconhecida, em cortes efectuadas em Madrid, como herdeira do trono de Castela, com o título de Princesa das Asturias.

Era uma oferta demasiado tentadora

domingo, 4 de janeiro de 2009

A tentativa falhada de conquista de Tânger

Uma complicada teia de acontecimentos, em que se envolveram dois jovens fidalgos Diogo de Barros e João Falcão, que chegaram a tentar alistar-se no exército do rei de Fez, que operava em África, sob a orientação do duque de Medina Sidónia, mas só depois de incorporados nas forças de Alcácer Ceguer, participando em nalgumas razias sob o comando do governador D.Duarte de Menezes, conseguiram recolher informações sobre a forma de entrar na praça de Tânger.

A missão de espionagem correu muito bem, pelo menos assim o considerou D.Afonso V, logo que os referidos fidalgos lhe comunicaram o que haviam recolhido, de tal forma que Tânger passou ser o alvo secreto a atingir em África.Muito embora estas informações recolhidas, viesse a não servir de muito, atendendo ao modo como os acontecimentos subsequentes vieram a decorrer

A 7 de Novembro de 1463, D.Afonso V e o seu irmão Fernando, partiram de Lisboa, com a armada formada, com o apoio financeiro de Martim Leme um rico mercador flamengo.

A pressa do rei era enorme, de tal forma que nem aceitou as recomendações que lhe fizeram de se acolher junto a Silves, por se preverem más condições atmosféricas, o que efectivamente aconteceu, vindo a perder-se bastante carga, um navio e uma caravela, perecendo algumas pessoas que a tripulavam.


Chegaram a Ceuta a 12 de Novembro, partindo de seguida para Alcácer Ceguer, mas dividindo forças entre forças terrestres a navais, mas a precipitação, quer dos preparativos, quer os incidentes resultantes do pouco cuidado na viagem, fizeram claramente abortar a missão, regressando a missão a Ceuta.