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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

As hipóteses vantajosas de aliança com Castela(

Recuando um pouco no tempo, em 1455 a irmã de D.Afonso V casou com Henrique IV de Castela. Casamento em segundas núpcias, já que a sua primeira mulher Branca de Navarra, filha do rei João, tinha sido por ele repudiada, com o fundamento que ela era estéril. A repudiada respondeu com a acusação que incapacidade genésica.

As opiniões dividiam-se, uns alegando, que o rei Henrique tivera vários casos de mancebia, como por exemplo com Catalina de Sandoval, uma freira, mas que ele viria a acusar de infidelidade ao ponto de ter mandado degolar rival.


Para outros historiadores, essa atitude não passava de disfarce, para encobrir a sua incapacidade, ser dissoluto e de ter relações homossexuais.


O ambiente na corte, mesmo depois do casamento com D.Joana, era de verdadeiro pandemónio, a que não eram alheias o escandaloso porte tanto da bela jovem soberana como das suas açafatas.

As acusações de impotência do rei e a vida dissoluta da rainha, não deixaram de criar só por si alguma
confusão na corte, quando a rainha Joana, deu à luz uma menina, ao fim de sete anos de casada.

Na altura atribuí-se a paternidade da criança, a um jovem fidalgo muito íntimo do casal real, de seu nome D.Beltran de la Cueva. desde logo a jovem menina a quem foi dado o nome de Joana, como sua mãe, passou a ser tratada entre dentes, como a Beltraneja, que lhe ficou para o resto da vida, para mais porque à medida que ia crescendo, mais se acentuavam as semelhanças com D.Beltran, nomeado conde de Landesma, mais tarde duque de Albuquerque e mestre de Santiago.


O rei Henrique, desta vez não optou por mandar cortar a cabeça do rival como no caso com Catalina de Sandoval, mas bem pelo contrário, cobri-lo de honrarias.

Toda esta situação, veio a culminar, num conflito armado entre os outros reinos da Península, que não cabe no âmbito deste blogue abordar, pelo menos por agora.
O certo porém é que esse conflito, veio justificar a necessidade de Henrique de Castela, procurar aliados.

Por forma a interessar D.Afonso V, na sua causa, oferece-lhe a mão de sua irmã Isabel, futuramente conhecida como a Católica, num encontro que viria a acontecer em Gibraltar, em Janeiro de 1464.


Informações da época, não faziam crer, que D.Afonso V,pensasse em voltar a casar, depois de enviuvar ele amava profundamente a sua mulher, mas as razões de estado que poderia supor vantajosa, uma aliança entre as coroas de Portugal e Castela, levaram-no a considerar possível esse casamento, tanto mais que Castela alargara a oferta e para além da mão de sua irmã ao rei de Portugal, também incluía o convite para o futuro casamento entre o herdeiro português D.João e sua pequena "filha" a Beltraneja, já nessa altura reconhecida, em cortes efectuadas em Madrid, como herdeira do trono de Castela, com o título de Princesa das Asturias.

Era uma oferta demasiado tentadora

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