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quinta-feira, 8 de março de 2012

Acontecimentos no ano de 1475

  • Casamento com D.Joana
O conflito teve origem, nos seguintes factos. Uma das irmãs de D.Afonso V, Joana tinha casado com Henrique IV de Trastâmara de quem tivera uma filha chamada igualmente Joana, porém o pai de Henrique o rei João II de Castela morto em 1454, casara em segundas núpcias com Isabel, irmã da rainha Beatriz de quem tivera 2 filhos, Afonso e Isabel (a futura rainha católica).

A pseudo impotência de Henrique II, veio a gerar um conflito pela sucessão, quando da sua morte em 12 de Dezembro de 1474, formando-se dois partidos , um em torno da jovem Joana, outro em torno de Isabel.

Esta, dois dias depois da morte do pai, proclama-se rainha de Castela o que veio a provocar uma reacção imediata do nosso Rei, em defesa dos direitos da sobrinha, com quem se casa e Plasência no dia 30 de Maio de 1475, tendo a noiva apenas 12 anos.

  • D.Afonso assume a coroa de Castela

Na sequência do seu casamento com a sobrinha, D.Afonso V, toma a 27 de Maio o título de rei de Portugal e de Castela, que manda inscrever nos seus documentos, selos e moedas, garantindo contudo a seu filho D.João e ao seu neto Afonso a continuidade da sucessão ao trono de Portugal.

Não fica portanto claro que com esta situação, se possa falar em união ibérica, dado ser pressuposto que D.Afonso V abdicaria do trono em favor do príncipe herdeiro, quando assumisse o trono de Castela.

Atendendo também ao facto de alguma nobreza castelhana o apoiar bem como o próprio rei de França Luís XI, D.Afonso decide levantar exército que reuniu em Arronches , entrando no país vizinho para impor pela armas os direitos da sobrinha-mulher.

Ao mesmo tempo contava com o apoio de Luís XI, para apoio militar e igualmente diplomático, pelo menos junto da Santa Sé, no sentido de conseguir a dispensa de laços de parentesco necessário em relação ao seu recente casamento.

  • Morte de D.Joana, viúva de Henrique IV
No dia 13 de Junho morre D.Joana irmã e agora sogra de D.Afonso V e viúva de Henrique IV de Castela, afinal a responsável devido ao seu comportamento dúbio o repúdio de seu marido e a criação do conflito entre Portugal e o seu rei e os apaniguados dos Reis Católicos Isabel e Fernando.

Como disse D.Joana mãe, em consequência do referido repúdio voltara para Portugal, recolhera-se ao Convento de São Francisco, onde viria a falecer apenas com 36 anos havendo fortes suspeitas de ter sido envenenada.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

As hipóteses vantajosas de aliança com Castela(

Recuando um pouco no tempo, em 1455 a irmã de D.Afonso V casou com Henrique IV de Castela. Casamento em segundas núpcias, já que a sua primeira mulher Branca de Navarra, filha do rei João, tinha sido por ele repudiada, com o fundamento que ela era estéril. A repudiada respondeu com a acusação que incapacidade genésica.

As opiniões dividiam-se, uns alegando, que o rei Henrique tivera vários casos de mancebia, como por exemplo com Catalina de Sandoval, uma freira, mas que ele viria a acusar de infidelidade ao ponto de ter mandado degolar rival.


Para outros historiadores, essa atitude não passava de disfarce, para encobrir a sua incapacidade, ser dissoluto e de ter relações homossexuais.


O ambiente na corte, mesmo depois do casamento com D.Joana, era de verdadeiro pandemónio, a que não eram alheias o escandaloso porte tanto da bela jovem soberana como das suas açafatas.

As acusações de impotência do rei e a vida dissoluta da rainha, não deixaram de criar só por si alguma
confusão na corte, quando a rainha Joana, deu à luz uma menina, ao fim de sete anos de casada.

Na altura atribuí-se a paternidade da criança, a um jovem fidalgo muito íntimo do casal real, de seu nome D.Beltran de la Cueva. desde logo a jovem menina a quem foi dado o nome de Joana, como sua mãe, passou a ser tratada entre dentes, como a Beltraneja, que lhe ficou para o resto da vida, para mais porque à medida que ia crescendo, mais se acentuavam as semelhanças com D.Beltran, nomeado conde de Landesma, mais tarde duque de Albuquerque e mestre de Santiago.


O rei Henrique, desta vez não optou por mandar cortar a cabeça do rival como no caso com Catalina de Sandoval, mas bem pelo contrário, cobri-lo de honrarias.

Toda esta situação, veio a culminar, num conflito armado entre os outros reinos da Península, que não cabe no âmbito deste blogue abordar, pelo menos por agora.
O certo porém é que esse conflito, veio justificar a necessidade de Henrique de Castela, procurar aliados.

Por forma a interessar D.Afonso V, na sua causa, oferece-lhe a mão de sua irmã Isabel, futuramente conhecida como a Católica, num encontro que viria a acontecer em Gibraltar, em Janeiro de 1464.


Informações da época, não faziam crer, que D.Afonso V,pensasse em voltar a casar, depois de enviuvar ele amava profundamente a sua mulher, mas as razões de estado que poderia supor vantajosa, uma aliança entre as coroas de Portugal e Castela, levaram-no a considerar possível esse casamento, tanto mais que Castela alargara a oferta e para além da mão de sua irmã ao rei de Portugal, também incluía o convite para o futuro casamento entre o herdeiro português D.João e sua pequena "filha" a Beltraneja, já nessa altura reconhecida, em cortes efectuadas em Madrid, como herdeira do trono de Castela, com o título de Princesa das Asturias.

Era uma oferta demasiado tentadora