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sexta-feira, 3 de abril de 2009

O casamento do príncipe herdeiro

O casamento do príncipe herdeiro D.João, com sus prima D.Leonor, estava desde 1466 concertado pelos dois irmãos o rei D.Afonso e D.Fernando duque de Viseu, muito embora os noivos contassem ela 8 anos e ele 11.

A morte de D.Fernando em 1470, teria permitido a D.Afonso alterar a opção matrimonial negociada, mas não o fez porque tal como ele já havia afirmado anteriormente, fizera voto de entregar o poder a seu filho, logo que este atingisse capacidade de governação, sendo o casamento uma forma de promover a estabilidade da coroa e desde logo assegurar a respectiva sucessão. Por esse motivo D.Afonso entendeu continuar as negociações do casamento com sua cunhada D.Beatriz.

O casamento só aconteceu em 1471 depois de obtida de Roma a necessária dispensa por impedimento de parentesco, em Setúbal em 22 de Janeiro, muito embora ainda por razões de idade, o respectivo contrato de compromisso só tenha sido rubricado em Lisboa a 16 de Setembro de 1473, após a sua consumação.

Este contrato estipulava que D.Leonor receberia de herança paterna a título de dote, o castelo de Lagos, e uma série de benesses em ouro jóias e rendas. Pela parte do rei os lugares de Sintra, Torres Vedras e Óbidos e igualmente várias rendas, bem como se estipulavam verbas a receber caso ficasse viúva. Enfim como se v~e um contrato de casamento minucioso e realmente muito benéfico para a jovem futura Rainha.

Quanto ao jovem príncipe , continuava a tendência para a entrega do poder, que como atrás disse o rei há muito preconizava, pois desde 1471, quando da tomada de Arzila que aqui referi, lhe tinha entregue a governação das "coisas de África", entregando-lhe também as rendas da Alfandega de Lisboa e dos tratos e rendas da Guiné.

Como disse apenas com 17 anos, já D.João mergulhava a fundo nos meandros da política ultramarina.


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